CORREDOR LITORÂNEO
O Corredor Litorâneo Norte, também conhecido como Via Mar, é o projeto de uma estrada com seis pistas — três de cada lado — para ligar Joinville e a região de Florianópolis, correndo paralelamente à BR-101, em um trecho de 145 quilômetros, lançado pelo governo do Estado em 2024. É uma iniciativa ousada, mas necessária, mas já traz preocupação, porque vai cortar áreas agricultáveis de Araquari, Guaramirim e Massaranduba, conforme demarcação prévia realizada para o traçado. A preocupação reside no represamento das águas com os aterros, tendo, como consequência, cheias cada vez mais frequentes.
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A Associação dos Rizicultores do Norte de SC já se mobiliza. Não é contrária a Via Mar, mas sim, ao traçado prévio, sugerindo mudanças para evitar enchentes e perdas de áreas de plantio do arroz na região do Salto, no Guamiranga, onde, de 2014 a 2024 foram registradas 23 enchentes, sendo cinco em 2023. No ano anterior foram quatro. A preocupação já foi levada ao deputado Antídio Lunelli e a Secretaria de Estado de Infraestrutura, com laudo técnico e registro de que pelo menos 113 propriedades e residências são atingidas repetidamente e, com a possível obra, será agravada, com grandes perdas.
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O documento com o laudo técnico foi entregue no sábado (5) à Associação de Vereadores e Câmaras do Vale do Itapocu e à Câmara Municipal de Massaranduba, na homenagem ao Dia Internacional do Cooperativismo. Na região onde possivelmente passará a Via Mar, o rio Itapocu tem apenas 20 cm de inclinação por quilômetro, tornando facilmente inundáveis as áreas do entorno devido a planície e que, somado ao rio Putanga, aumenta a quantidade de água. A lâmina d’água, fora da calha, varia entre 2,5 a três quilômetros, de acordo com o estudo contratado pela comunidade que será atingida.
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A proposta, não é obstruir ao projeto da Via Mar, mas buscar um consenso sobre o traçado no Lote 02, na região do Salto, como é conhecida, para que cause menor impacto para mais de uma centena de propriedades, principalmente no tempo de permanência das águas, que inevitavelmente prejudicam as lavouras com a perda das safras, sem contar as residências, ranchos e outras construções. O grupo que lidera o movimento busca apoio político para que o pleito da comunidade seja considerado, levando em conta, também, as mudanças climáticas e os eventos severos que têm sido cada vez mais frequentes.

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