Política e Políticos – O jornalista Celso Machado comenta os principais acontecimentos de Santa Catarina e da região. Política e Políticos – e-mail da coluna: machadocelso01@gmail.com
A volta obrigatória dos extintores em carros, abolidos em 2015, espera por votação no Senado. Segundo o Conselho Nacional de Trânsito, saíram de cena por conta da evolução dos sistemas de segurança dos veículos e os riscos do uso inadequado. É possível, também, que ainda em 2025 a Câmara dos Deputados vote projeto de lei do senador Esperidião Amin (PP) propondo que as placas dos veículos informem o município e estado de origem. Pondo fim à tal placa Mercosul. Amin alega que isso dificulta o trabalho (mais demorado) de identificação em casos de roubos, furtos e infrações de trânsito, por exemplo. Uma inutilidade vigente desde 2020, mas rentável para quem fabrica, a placa Mercosul foi idealizada por um grupo de trabalho representado pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Para “facilitar a fiscalização e o controle do trânsito entre estes países e combater fraudes e crimes fronteiriços”. Vai entender!
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CURTAS
- Hoje (31) tem foguetório no entroncamento da SC-421 com a BR-470, em Blumenau. Ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), inaugura viaduto duplo de 168 metros, em construção desde 2018.
- O viaduto e seu entorno custaram R$ 44 milhões. De resto, a renovada promessa de concluir a duplicação dos 74 quilômetros da rodovia, de Navegantes a Indaial, no ano eleitoral de 2026.
- Governador Jorginho Mello (PL) deve ignorar a presença de Renan Filho em Santa Catarina, como já o fez com ele e outros ministros, e o próprio Lula da Silva (PT).
- Mello tenta reaver os R$ 465 milhões liberados pelo ex-governador Carlos Moisés (sem partido), entre 2021 e 2022 para obras em rodovias federais de Santa Catarina. Com aprovação da Assembleia Legislativa, diga-se.
- Em julho de 2024 houve certa concordância do ministro Renan Filho, porém, desde que o recurso seja aplicado em novas obras em rodovias federais no estado.
- Mas Mello recusou. O governador quer a devolução, sem “carimbo”, direto para os cofres do estado, para livre uso. Por exemplo, no Programa Estrada Boa.
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O quebra-cabeça de Jorginho
A Federação Progressista (PP e União Brasil) condiciona apoio a Jorginho Mello (PL) em seu projeto de reeleição à presença do senador Esperidião Amin (P) na chapa majoritária como candidato à reeleição. O Novo faz a mesma exigência para apoiar Mello, com o deputado federal Gilson Marques para senador. Mello também se vê às voltas com a deputada federal Caroline de Toni (PL) para o Senado. Mas o amigo Jair Bolsonaro (PL) ainda não desistiu, formalmente, de lançar o filho Carlos (na foto com De Toni) a senador por SC. Rejeitado até por lideranças do PL. Deputados estaduais do PP já se alinharam à candidatura de João Rodrigues (PSD). No plano nacional, PP e MDB estão no governo de Lula Silva (PT).
VIA BRASIL
- Aos 93 anos de idade, o corrupto emérito Paulo Maluf volta ao noticiário nacional. A família acertou acordo com a prefeitura de São Paulo para indenizar o município em R$ 210 milhões.
- É mais uma parte de dinheiro público desviado pelo ex-prefeito da capital paulista no período de 1993 a 1998. De um total de US$ 160 milhões já recuperados pela Justiça.
- Em 2017, Maluf foi condenado pelo STF a 7 anos e 9 meses de prisão por lavagem de dinheiro, mas acabou beneficiado com prisão domiciliar humanitária (câncer de próstata).
- Não é piada. Maranguape (CE), 105 mil habitantes e terra natal do grande humorista Chico Anísio é a cidade mais violenta do Brasil. Com uma taxa de mortes violentas de 79,9 por 100 mil habitantes. É o que diz a última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
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União Brasil e o governo Lula
Lula da Silva teve conversa ao pé de ouvido com os três ministros do União Brasil (Turismo, Comunicações e Integração e Desenvolvimento Rural). Um “desembarque” compulsório do governo estaria a caminho. E há motivos. Recentemente, o líder do UB no Senado, Efraim Filho, foi à inauguração da nova sede do PL na Paraíba, posando para fotos ao lado de Michele Bolsonaro e declarando apoio à candidatura a senador de Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro. Agora, em julho, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, declarou que dificilmente o partido estará na campanha à reeleição de Lula. Segundo Rueda, o União poderá ter candidato próprio, ou apoiar um nome da direita.
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