Política e Políticos – O jornalista Celso Machado comenta os principais acontecimentos de Santa Catarina e da região. Política e Políticos – e-mail da coluna: machadocelso01@gmail.com
Nomeado em 2022 por Jair Bolsonaro (PL) e com o aval de Jorginho Mello (PL), o engenheiro Alysson de Andrade já não responde pelo DNIT em Santa Catarina, exonerado que foi, sem explicação de motivos, pelo ministro Renan Filho (MDB). Embora mantido no cargo desde 2023 (pelo quesito de competência), Andrade pagou o preço pela relação de proximidade com políticos do PL. Desde o governo de Dilma Rousseff (PT), como deputado e senador do extinto PR, partido então aliado ao PT, Mello sempre indicou nomes para comandar o DNIT de SC. Andrade foi substituído pelo engenheiro Amauri Sousa Lima, ex-superintendente do DNIT no Tocantins e Bahia e que já foi filiado ao MDB. Ele deve acompanhar o ministro Renan Filho (MDB), esperado na quinta-feira (31) em Blumenau para inaugurar um viaduto na BR-470.
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CURTAS
- Renan Filho (MDB), ministro dos Transportes, é esperado na quinta-feira (31) em Blumenau. No Bairro Badenfurt (zona Norte) para inaugurar um viaduto que é parte da duplicação da BR-470.
- A obra do viaduto, cuja ordem de serviço foi assinada em março de 2018, e seu entorno custaram R$ 44 milhões. O viaduto em si tem 168 metros de extensão com duas pistas duplas.
- Em resumo, é a redenção do trânsito pesado e intenso que vem pela SC-421, de Pomerode para a BR-470, com longas filas de espera.
- Estima-se que naquele trecho da BR-470, outros 20 mil veículos vindos no sentido oposto, pelas ruas Bahia e General Osório (uma área industrial), cruzam a rodovia todos os dias.
- É a segunda vez que o ministro Renan vem à região. Por aqui esteve em junho de 2023, quando inaugurou 1 quilômetro e 600 metros da duplicação da BR-280, em Guaramirim.
- E a duplicação da BR-280, enfim, com obras que se arrastam há tanto tempo quanto a 470? Nada de novo. Aliás, alguém vai se dar ao trabalho de ir lá no viaduto da 470 perguntar?
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E agora, Jorginho?
Jorginho Mello (PL) disse que não há nenhum acordo firmado com Jair Bolsonaro (PL) para apoiar a candidatura de Carlos Bolsonaro (PL), vereador no Rio de Janeiro e filho de JB a senador por Santa Catarina. A ideia de Bolsonaro pai e do PL nacional é fazer a maioria dos senadores, acreditando na mesma força nas urnas em 2026. Em passado recentíssimo, disse Mello em entrevista à TVCNN: “Se (Carlos) for a escolha do pai dele, será também a minha”. Repercutindo péssima não só no partido, mas no meio político e empresarial simpáticos ao governador. Com interesse maior na própria reeleição, Mello tenta ‘apagar’ o que já tinha dito. E achar espaços para a deputada federal Caroline de Toni (PL) e para o Novo (para ter apoio do partido) que lançou o deputado federal Gilson Marques a senador. E como fica Esperidião Amin (PP)? Um legítimo sinuca de bico!
VIA BRASIL
- Deputado estadual Fabiano da Luz é o novo presidente eleito do PT de Santa Catarina. Venceu a também deputada estadual Luciane Carminatti na disputa em segundo turno.
- Contados os votos, o sucessor de Décio Lima no comando estadual do partido, disse que, agora, é preciso capacidade para conversar e dialogar muito além do PT, muito além da esquerda.
- Isso, segundo o deputado, vai possibilitar construir uma força muito maior em 2026. Mas quem, muito além do PT e da esquerda, vai aderir a este projeto eleitoral?
- Do governador Mello sobre o programa Universidade Gratuita: “É pouco? Não. É grave. Mas 130 é muito diferente de 18 mil (de fraudadores apontados pelo TCE). E esses 0,5% de sem vergonhas não vão conseguir manchar o maior programa de acesso à universidade do Brasil”.
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Enterrando o voto impresso
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado pode retomar no segundo semestre a votação do novo Código Eleitoral, adiada novamente em 9 de julho. O projeto de autoria da deputada federal Soraya Santos (PL/RJ) ainda enfrenta divergências em temas centrais como fake news, voto impresso e quarentena para agentes públicos que desejam se candidatar. “Foram quinze eleições com urna eletrônica e nenhuma fraude comprovada”, disse o relator senador Marcelo Castro (MDB-PI), contrário ao voto impresso. Para ele, o sistema eletrônico brasileiro (também referendado pelo TSE, STF e governo atual) é seguro, já foi auditado em diversas ocasiões e nunca apresentou fraudes. Para Castro, a insistência pelo voto impresso atrasa o debate e reforça discursos “infundados de desconfiança no processo eleitoral”.
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