Política e Políticos – O jornalista Celso Machado comenta os principais acontecimentos de Santa Catarina e da região. Política e Políticos – e-mail da coluna: machadocelso01@gmail.com
“Se eu fosse governador eu falaria assim: ou assina, ou o MDB todo está fora do meu governo. Simples assim”. O discurso é da deputada federal Júlia Zanatta (PL), muito próxima de Jair Bolsonaro (PL), pressionando Jorginho Mello (PL) para que o governador cobre um posicionamento do MDB sobre pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O alvo era a senadora Ivete Appel da Silveira (MDB). Já na Câmara dos Deputados, Luiz Fernando Vampiro, Valdir Cobalchini e Rafael Pezenti, todos do MDB, assinaram. Carlos Chiodini, também presidente estadual do partido, é secretário da Agricultura e na vaga assumiu o suplente Luiz Fernando. Porém, visto o projeto de reeleição Mello e o ano eleitoral de 2026 batendo à porta, não é tão simples assim como sugere Zanatta.
CURTAS
- Senadora Ivete Appel da Silveira (MDB) bombardeada em redes sociais porque seu nome não constava na relação de senadores que querem o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
- Senadores Esperidião Amin (PP) e Jorge Seif (PL) já assinaram o requerimento. Ontem, a senadora, enfim, saiu da lista dos parlamentares “indecisos”. Assinou o requerimento.
- Em agosto de 2024, depois de 120 dias no Senado (na licença de Ivete), Beto Martins (PL), agora suplente da senadora e atual secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, exibiu vídeo dizendo que ele, Amin e Seif eram favoráveis.
- Só no Senado e nesta legislatura, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil) já barrou 29 pedidos de impeachment de Moraes. Do total, 22 protocolados entre 2021 e 2024.
- Na Câmara dos Deputados já são 48 pedidos de impeachment contra o ministro do STF retidos pelo presidente Hugo Motta Wanderley da Nóbrega (Republicanos/PB).
- Não demora muito e o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados vai decidir o futuro político (perda ou não) do deputado Eduardo Bolsonaro (PL), filho de Jair. O Conselho é presidido pelo jaraguaense Fábio Schiochet (União Brasil).
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Indo além do discurso
O Comitê Integrado de Paz e Segurança nas Escolas, o Integra, lançado em 2023 pela Assembleia depois dos massacres ocorridos em creches de Saudades e Blumenau, onde crianças e professores foram assassinados, anunciou a criação da chamada “Escola de Pais”. A proposta é a de orientar pais e mães para que observem eventuais mudanças no comportamento dos filhos, com foco maior na internet e redes sociais. Com encontros e entrega de materiais informativos que possam indicar sinais de alerta vindos do mundo digital. O Integra, presidido pela deputada Ana Paula Silva (Podemos) tem respaldo do governo estadual, das forças de segurança e da sociedade civil.
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VIA BRASIL
- Em seus delírios e devaneios desancando a taxação de 50% sobre exportações brasileiras para os EUA, Lula da Silva (PT) saiu-se com mais uma pérola. Nada a ver uma coisa com a outra, diga-se.
- Para uma plateia de ministros e apoiadores, o mandatário disse que pretende ligar para Donaldo Trump e perguntar se ele está preocupado com as mudanças climáticas no mundo, referência à COP 30 que o Brasil vai sediar em Belém.
- É nítida a intenção de desviar o foco visto a inércia do governo e seus ministros que tardiamente se mexeram, porque o assunto, no Brasil, no mundo ocidental e em países da Ásia e do Oriente é a taxação imposta por Trump.
- A bandalha está instalada no Congresso, comandada por bolsonaristas e outros parlamentares, que exigem a instalação de processo de impeachment contra Alexandre de Moraes. É o circo pegando fogo. Para piorar o que já está ruim.
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A alíquota do etanol
Jornalista Claudio Humberto, do jornal “O Globo”, publicou: “O governo Lula (PT) resiste em baixar a alíquota do etanol importado dos EUA para proteger o bilionário Rubens Ometto, do Grupo Cosan, controlador da Raízen. Líderes da indústria acreditam que reduzir a tarifa de 18%, ponto criticado por Donald Trump na relação comercial com o Brasil, derrubaria o preço ao consumidor e ajudaria a aliviar o tarifaço. O Ministério da Indústria e Comércio silencia sobre redução da alíquota do etanol. Figurando entre os maiores doadores individuais do PT, Ometto foi um dos primeiros a ser recebido por Lula após a posse. O cuidado no governo é para “não prejudicar ainda mais” a empresa de Ometto, que está na penúria, com uma dívida de R$ 34 bilhões”.
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